A matemática da vida
Eu me tornei um escudo. Nada entra aqui dentro, nada sai, tudo permanece. E logo sou uma bomba. Sei que uma hora, quando o meu tempo acabar, vou explodir. E talvez essa seja a minha hora feliz. Porque serei uma garota livre, livre em cada canto que eu estiver.
Eu quero rir até o ar acabar. Sinto falta disso, de pessoas bobas e exageradas, que sabem rir e fazer os outros rirem, pessoas essas que ficam aqui, gente como a gente, que sente, entende, não mente e que nos coloca para frente. Sinto falta da humanidade nos humanos. Contraditório?
Eu não sou melhor do que as outras pessoas. Pelo contrário, talvez eu seja até mais danificada do que elas.
Tudo o que sei sobre a vida é pouco, para mim. Eu quero o mais. Não do mesmo. Eu quero o diferente, porque é assim que eu me sinto. Incomum. Alheia as outras pessoas. Esse cidade nunca teve um espaço para mim, eu sou a carta fora do baralho. A peça que não se encaixa no quebra cabeça. É por isso que eu preciso partir. Para descobrir meus horizontes.
Não adianta querer fazer parte de algo que não lhe pertence, tentar se encaixar em algo ou em alguém. É como quebrar alguma coisa dentro de você. O amor soma e não some. Faça as contas. 1 mais 1 é igual a dois. Não um e meio. Então sejamos números inteiros, e no final vai dar par. Dois. Essa é a matemática da vida real.
Algumas vezes me esqueço dessas contas, me perco, mas sempre há luzes no fim do túnel para quem nunca deixa as chamas da esperança se apagarem.
Talvez seja a minha hora feliz, de brilhar. Ser livre.
Talvez seja a minha hora feliz, de brilhar. Ser livre.
Me sinto melhor.
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