Anatomia do coração

Entre um trecho e outro de um livro que falava sobre amor,
me peguei pensando se existe algum medicamento ou coisa do tipo que faça o amor
desaparecer de dentro da gente. Eu não sou nenhuma louca extremista que acha que
a medicina cura tudo o que machuca e dói. Eu apenas penso que os médicos e
cientistas são pessoas muito inteligentes, que sabem de tantas coisas... Eu não
duvidaria Se eles soubessem disso também.
Mas se houvesse, você tomaria as pílulas anti-amor? Só para
não continuar sofrer por alguém, que não pode ter, para esquecer a dor
de um coração partido e fugir desse pesadelo diário. Será esse um problema anatômico,
psicológico? O coração não deveria apenas bombear sangue para o resto do corpo
humano? Eu soube que sem coração não há como alguém viver, e o mesmo é com o
amor.
Eu posso ficar aqui por horas citando motivos para tomar
essa tal pílula, que é apenas fruto da minha imaginação criativa, só porque
eu sei o quanto dói quando o coração lateja, e não há nenhum remédio que os médicos
possam prescrever para fazer melhorar.
Mas eu prefiro olhar
para o outro lado do amor. O lado 1 + 1. Positivo. Onde, ao final da tempestade
há um arco-íris colorindo o céu junto ao sol que nunca se põe. A vida é sempre
brilhante, e a dor só esta de passagem pela cidade.
Eu quero sentir o amor em meu corpo. Me arrepiar toda porque
tem alguém sussurrando La Vie En Rose ao pé do meu ouvido, sentir meu coração
inflar quando eu o ver na porta de casa com um papelzinho na mão (uma poesia de
Drummond) e um sorriso gigantesco em seu rosto. Eu quero viver a minha imaginação,
e para que isso aconteça, eu não posso permitir que o meu passado determine o
meu futuro. Seria tão triste escolher não viver de amor.
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