Duas Doses de Amor, Cap. 1
Viver é um jogo confuso, apaixonante e assustador. É um labirinto sem saída, uma montanha russa. No começo é tudo tão calmo e de repente tudo fica de ponta cabeça. Nunca gostei de montanhas russas. Esse é um jogo no qual eu ainda to aprendendo á jogar. Cair é inevitável, unhas quebradas e corações partidos também. As vezes eu penso em desistir dos meu sonhos, por medo de que tudo acabe dando errado. A vida é tão intensa, eu só não sabia disso.
Estar no ensino médio é apavorante. Os dias tornam se anos, o mundo te dá as opções você só precisa escolher, mas se escolher errado, tudo pode desabar bem em cima de você. Aqueles garotos chatos que viviam pegando no seu pé , te chamando daqueles apelidos que antes te machucavam, estão ficando com outras garotas. As suas amigas se tornaram chatas, só sabendo falar dos seus namorados e amores, shoppings e as novidades do mundo dos famosos. E você fica sem assunto, porque afinal, você nunca beijou um garoto. Mas ainda resta um, o seu melhor amigo, ele está sempre com você, te fazendo lembrar que o mundo não está perdido enquanto vocês forem os melhores amigos.
Já faz dois dias
que o garoto novo chegou á Heritage High School, meu colégio. Eu tenho notado
ele, aliás, todo mundo. As lideres de torcida se dividem em pedacinhos toda vez
que ele passa. Quem não se apaixonaria por um garoto atlético, do tipo clichê,
alto e loiro de olhos azuis. O nome dele é Steven e está nas minhas aulas de
literatura, álgebra e química.
E humm, preciso
ir tomar o café da manhã, antes que o meu irmão Scott acabe com todos os bacons
e panquecas que a mamãe preparou para a gente. Até mais querido diário, vou
adorar poder falar escrever com você todos os dias.
♥♥♥
Como sempre, o
Jake (o meu melhor amigo) passou aqui em casa para irmos juntos ao colégio, no
caminho conversamos sobre tudo o que aconteceu em The Vampire Diaries, nossa
série favorita.
- Eu não consigo
acreditar que a Nina Dobrev vai deixar a série. Ela é linda e sem a Elena, como
tudo vai funcionar? Ela é a razão para tudo isso ter acontecido.
- Talvez ela
morra ou fuja com o Damon, Julie. –
disse o jake.
- Ah não Jake, o
Damon não. Se for para fugir, que seja com o Stefan. Gosto de príncipes lembra?
- Me desculpe
princesa do Reino das borboletas! HaHaHa.
- Está
desculpado plebeu! Muhaha.
Depois disso eu
e o Jake rimos muito. As coisas são tão engraçadas e diferentes perto dele,
elas ganham vida. Nós poderiamos falar horas e horas sobre qualquer assunto.
Nada é sem graça quando ele está por perto. Ele é o meu arco Iris.
O sinal tocou e
o Jake e eu fomos correndo para a sala de aula. Era literatura, a senhora
Fitzgerald iria falar sobre Romeu e Julieta. O meu favorito e da minha mãe
também, por isso o meu nome é Julieta, minha mãe ama Shakespeare. Ela diz que é
fascinante a história de um casal que se mata por amor, triste engano. Se o
Romeu não tivesse pensado que Julieta estava morta, não teria se matado e feito
Julieta se matar. É trágico e lindo.
Assim que me acomodei
em meu lugar percebi que o Steven me olhava. Isso me deixou sem jeito e
parecendo um pimentão. Eu não sabia como me comportar, será que o meu cabelo
está bonito? Tô fedendo? Minha posição está me deixando em um bom ângulo? Eu
mordiscava os lábios e só depois parei, porque talvez isso poderia parecer que
eu estava querendo seduzi-lo.
De longe eu era
a garota menos namorável do mundo. Quem é que combina tênis e vestido? Tudo
bem, eu não me importo com o que pensam. Eu amo essa combinação. Eu poderia
continuar falando comigo mesma em minha mente, mas algo me fez despertar desse
transe.
- Senhorita
Jones?
- O que? Quero
dizer, sim senhora Fitzgerald?
-Você poderia
fazer par com o Steven Collins, no tema de hoje? Você é ótima em Literatura, e
ele está um pouco perdido. – disse ela.
- Claro senhora
Fitzgerald!- murmurei gaguejando.
Levantei e
deixei todas as minhas coisas caírem do chão, fazendo com que a sala toda olhe
para mim, me deixando sem jeito e vermelha. Agachei para pegar tudo e depressa
sentei-me ao lado de Steven. Meu coração batia tão mais rápido que o normal.
Será que ele podia escutar? Estávamos quase que grudados. Olhei para o Jake que
estava ao lado, ele fazia cara feia. Acho que ele não gostou, já que nas aulas
de literatura nós sempre fazemos par. É quase como uma lei.
Comentários
Amei o modo como você escreveu, pareceu ser tão real, sabe? É como se eu estivesse vendo a história com meus próprios olhos (é isso o que os livros fazem comigo). Quando leio histórias cativantes, elas fazem com que eu entre no meio da história.
Não pare de escrever, nunca!
Seu blog tem um diferencial, e é isso que eu gosto nele!
http://imaginandopalavrasblog.blogspot.com.br/