Entrevista com Jô Lima, autora do livro Postais
Além de escritora, ela é jornalista,social media e profissional de marketing. O motivo de tudo isso, é que eu queria mostrar para vocês esse trabalho incrível de uma pessoa tão incrível e a história de Postais. Vem ver o que a Jô contou para a gente:
Postais surgiu de uma necessidade minha de escrever. Mudei para
São Paulo e, como não me sentia rtas-
nunca enviadas- para minha mãe, contando com estava sendo minha aventura. Ai as
cartas viraram meu livro, Postais <3parte da cidade, não tinha amigos ainda, eu
vivia na escadaria do teatro municipal escrevendo.
Escrever foi a forma de que encontrei de não me perder por aqui,
de manter minha essência, sabe?
Eu sonhei com a história inteirinha, você acredita menina? –risos-
Eu acordei no meio da noite e escrevi o resumo da história, aí depois comentei
com uma amiga e comecei a desenvolver o enredo e fui adaptando as cartas que eu
havia escrito para a mamis, hahaha.
2. Como foi escrever um livro, e depois publica-lo?
Sem dúvida nenhuma escrever um livro foi um divisor de águas na
minha vida. Pode até não parecer, mas eu sou muuuito tímida, daquelas de tremer
e travar quando ver muita gente, mas durante o processo de escrita eu fui
acreditando mais em mim, percebendo que sou capaz de realizar os meus desejos,
sabe?
Aí logo em seguida consegui publicá-lo, eu achava que ser
escritora era só sentar no meu quarto escuro e criar histórias, doce ilusão –
risos-, tive que fazer palestras, ir a eventos e conversar com um número de
pessoas relativamente grande em cada palestra. Tive que aprender a perder o
medo e vencer a timidez, ser cara de pau mesmo. Sou muito mais confiante hoje
em dia. Minha vida mudou 100% e eu
procuro mudar a vida dos meus leitores com minha escrita também, mostrando a
eles que todos nós somos capazes.
3. Conta um pouco sobre seu novo livro!
Entre Fitas & Vinis ainda não está pronto, mas já tem muita gente
apaixonada pela história – risos-. Lá no grupo do livro eu conto tudo e
disponibilizo quotes bem generosos. É um livro totalmente diferente de Postais.
Primeiro porque é contado por um garoto – Léo -, todo errado, com problemas de
relacionamento familiar, dono de uma banda e que já desistiu de duas faculdades
e acaba se envolvendo com uma garota que tem namorado – Ops! Ele acaba
recebendo do seu avô alguns ensinamentos provenientes de músicas de vinis dos
anos 80. Será que a música tem o poder de educar um Badboy paulistano? É um
livro sobre amor. Amor a música, amor pela família, amor entre um homem e uma
mulher. Um neto e um avô. Basicamente minha homenagem ao meu avô que me fez
amar os vinis e povoou minha infância com fit
4. Onde você busca suas inspirações?
Eu me inspiro em pessoas reais, nas minhas vivências, amores e
desamores. Uso a música e a leitura como fontes extras, mas o ser humano é
minha maior fonte de inspiração. Eu amo sair na rua e conhecer algum estranho
na fila do banco, supermercado, cinema... Que me conte algo sua vida e, do nada
eu tenho um clique de criatividade.
Isso vive me acontecendo no metrô, nas lanchonetes e até no elevador do
meu prédio – risos. As pessoas não sabem, mas eu estou sempre as observando
para meus livros, desde os melhores amigos até aquela desconhecida que passa
por mim no corredor da faculdade. Tenho mania de inventar enredos para rostos
desconhecidos
5. Que dicas você dá para quem também quer lançar um livro, e também
para aqueles que estão escrevendo um?
Parece besteira, mas se você quer escrever um livro, primeiro você
tem que ler. Leia. Quanto mais você ler melhor vai escrever. E Escreva. Mesmo
sem inspiração, escreva por escrever, só se aprende a escrever escrevendo.
Viva a história que você quer contar. Está escrevendo sobre
adoção? Vá a um lar de adoção. Está escrevendo sobre alcoolismo, visite os
Alcoólicos Anônimos, converse com pessoas que vivam isso. Além de deixar o livro mais real, você vai
eternizar cada linha escrita dentro de você.
6. Publicar um livro é difícil?
Tudo na vida é difícil. Essa é a graça, depois de toda a luta para
ser publicada, dá uma felicidade saber que mesmo passando por todas as
provações, está valendo a pena. É
preciso ser persistente e estar preparada para muitas batalhas. Não desista no
primeiro “não”. Nem no segundo e assim por diante. Por mais que seja difícil,
acredite. Sempre. No total eu levei 5 “nãos”, e olha agora, eles me fizeram
crescer e amadurecer, agora vejo que não estava preparada para um sim. Mas o
sim chegou e mudou tudo na minha vida.
Se você amou tanto quanto eu as palavras dessa doce escritora, te convido á conhecer o grupo
do livro no Facebook. Até mais!
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